segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MINHA HISTORIA DE VIDA

Minha historia de vida

Falar da minha infância é um pouco complicado, porque na verdade não me lembro de muitas coisas. Nasci na cidade de Jequié e minha família sempre residiu na zona rural, e a minha trajetória escolar foi bem difícil, principalmente com relação ao acesso e permanência na escola. Fui alfabetizada em uma escola também da zona rural e há um distancia da minha residência de aproximadamente seis quilômetros, e na época não tínhamos acesso ao transporte escolar, sem falar que era uma turma multisseriada. O ensino fundamental I não foi muito diferente, a sala também era multisseriada e cursei todo esse período com uma só professora, que dava o melhor de se, numa escola com as mínimas condições de trabalho.
Por falar na professora esta utilizava o método de trabalho bem tradicional, a escola não disponibilizava nenhum material didático, nem de apoio para a professora e os alunos, a mesma só tinha o giz e o quadro negro pra realizar seu trabalho. O processo avaliativo era tido como um instrumento classificatório e estático. Mas diante te todas essas dificuldades a profª. tinha um bom relacionamento com os alunos e todos tinham um grande respeito pela mesma que sempre nos falava da importância da educação em nossas vidas e nos incentiva a continuar os estudos.
Com relação ao ensino, posso dizer que este teve um avanço bem significativo, principalmente no que se refere à formação dos docentes e a melhores condições de trabalho. Mas ao contrário o corpo discente estes tem mostrado comportamentos bem difíceis de ser lidados no âmbito escolar. As causas são muitas, mas uma que chama minha atenção e me incomoda são os desajustes familiares, no qual o conceito de familiar mudou bastante nesses últimos anos e os pais não acompanham mais a vida escolar dos seus filhos, deixando tudo por conta da escola.
Voltando a minha trajetória escolar, cursei o ensino fundamental II no Instituto de educação Regis Pacheco (IERP) e apesar de ser oriunda de escola da zona rural, não tive grandes dificuldades. Ao concluir, não quis permanecer no IERP para cursar o ensino médio, pois só era oferecido o magistério e eu tinha pavor só de pensar em apresentar seminários e dá aulas, então fui matriculada no CEPMN para fazer contabilidade, pois sempre fui apaixonada pela área de exatas, mas para a minha surpresa o colégio não oferecia mais o curso, restando apenas formação geral.
Ao terminar o ensino médio fiz vestibular para química e matemática e não sendo classificada entre as vagas oferecidas. Resolvei cursar o magistério no IERP, apaixonei-me pelo curso e no segundo ano do magistério prestei vestibular para pedagogia, sendo aprovada na turma de 2005.1. Não conhecia a proposta curricular do curso e tive algumas dificuldades nos primeiros semestres, talvez pelo impacto da a universidade e a postura de alguns docentes. Mas isso não me intimidou, pois tinha determinado como objetivo concluir o curso. Com o passar dos semestres comecei a gostar da pedagogia e não me arrependo de dar continuidade ao curso. Pois, o mesmo tem me proporcionado uma formação profissional e, sobretudo um crescimento pessoal, ampliando assim minha visão de mundo. A convivência com os colegas foi fundamental nessa trajetória e principalmente do corpo docente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário